10 Tendências de Treinamento e Desenvolvimento para 2024

tendências de treinamento e desenvolvimento

No cenário em constante mudança dos RH, é fundamental manter-se na vanguarda para garantir o time de sucesso que a organização precisa para atingir resultados, para isso nesse artigo vamos mergulhar nas Tendências de Treinamento e Desenvolvimento moldando o cenário do aprendizado corporativo em 2024 e além.

Preveja os desafios que estão surgindo e antecipe as competências que o time vai precisar para atingir as metas.

Organizações Skills-based

Grandes empresas estão adotando um modelo que encara o trabalho como um conjunto de habilidades, em vez de depender de cargos que exigem extensas qualificações profissionais. 

Essa transformação atende à necessidade de mais agilidade na aquisição de habilidades, em um mercado que está evoluindo a uma velocidade cada vez mais rápida.

Esse levantamento realizado pela Deloitte com mais de mil profissionais e executivos de RH em todo o mundo aponta que 90% dos executivos estão implementando práticas skills-based, que mudam a maneira como a empresa contrata, treina e desenvolve seu time, além de abrir espaço para mais diversidade por diminuir o foco em formações acadêmicas.

IA generativa

Embora a inteligência artificial já esteja presente em muitas das aplicações que usamos no dia a dia (a plataforma Voxy conta com a IA para personalizar os caminhos de aprendizado), a IA generativa tornou a IA muito mais acessível para as pessoas.

A Gartner realizou um levantamento para identificar as prioridades dos líderes de RH para 2024, que mostrou que 68% dos executivos concordam que os benefícios da IA superam os riscos, porém apenas 22% dos executivos se disseram engajados em discussões amplas sobre o uso de IA na organização.

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Essa análise realizada pela IBM com CEOs aponta uma necessidade de um plano de upskilling dos trabalhadores para que o potencial da inteligência artificial seja melhor aproveitado: 69% dos CEOs enxergam na IA benefícios que perpassam toda a organização, mas apenas 29% dizem que a organização já detém a expertise necessária para a adoção estratégica da IA.

Maior demanda pelas Soft Skills

A disponibilidade da IA generativa e o rápido desenvolvimento das habilidades profissionais estão gerando uma maior demanda por profissionais que tenham um pensamento crítico sólido, habilidades analíticas e capacidade de comunicação eficaz.

Isso implica em uma maior ênfase no aprimoramento das chamadas “soft skills”, que agora estão sendo referidas como “power skills“.

Esse levantamento da Deloitte estimou que até 2030 dois terços de todas as posições de trabalho vão requerer uso intensivo das soft skills.

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Aprendizado em pílulas

O microlearning continua a ser uma das tendências de treinamento e desenvolvimento dominantes no mercado. Isso se deve ao fato de que as pessoas, cada vez mais influenciadas pelas mídias digitais e aplicativos, têm intervalos menores de atenção e buscam gratificação instantânea pelo seu desempenho no aprendizado.

Na educação corporativa, o microlearning mistura pílulas de aprendizado com o trabalho do dia a dia, diminuindo o intervalo entre a aquisição do conhecimento e a aplicação no trabalho para geração do impacto desejado no negócio.

Métricas de vaidade x métricas de negócio

O alinhamento do plano de treinamento com os objetivos do negócio é uma tendência que aparece no topo nas últimas edições desse relatório do Linkedin sobre o aprendizado corporativo, o que mostra uma distância cada vez menor entre os profissionais de RH e a construção da estratégia da organização.

Esse aprofundamento no papel estratégico do RH requer um olhar para os indicadores de sucesso para além das “métricas de vaidade”, que demonstram que as pessoas estão participando e gostando do treinamento, como o índice de satisfação, participação e aulas completadas.


No contexto do treinamento, cresce nas organizações o foco em duas métricas de negócio devido à crescente necessidade de otimização de recursos: aumento da produtividade e avaliação do retorno sobre o investimento (ROI) de suas iniciativas.

Alguns números mostram o gap existente entre a demanda por justificar o investimento em treinamento com ROI e a realidade: em um evento recente da Voxy, perguntamos a 350 profissionais sobre os indicadores usados para medir a eficácia do treinamento, e apenas 11% afirmaram medir o ROI de seus programas de treinamento.

Em outro levantamento que realizamos com a nossa audiência de profissionais responsáveis por treinamento de pessoas, ROI e Produtividade aparecem após as métricas de participação e satisfação, reforçando a necessidade de avanço para uma medição mais estratégica do impacto do treinamento na organização.

Além de treinamentos que visem aumentar a produtividade, sob o ponto de vista dos trabalhadores também é preciso investir no essencial, que é definir papéis claros e responsabilidades com estruturas organizacionais simplificadas.

Esse é um dos achados de um levantamento da McKinsey sobre pessoas e produtividade, que mostrou que essa falta de alinhamento é a causa da ineficiência e baixa produtividade para 40% dos trabalhadores.

Flexibilidade radical

O trabalho híbrido e remoto é um caminho sem volta, aumentando a demanda por soluções de treinamento que possam ser realizadas a qualquer momento, em qualquer lugar.

Essa pesquisa intitulada The Future of Work mostrou que 41% das empresas planejam aumentar suas contratações para vagas remotas nos próximos dois anos e 73% prevêem que o ambiente de trabalho remoto e flexível vai crescer no futuro.


A flexibilidade e o trabalho remoto são realidades que tanto empregadores quanto trabalhadores já assimilam: nesse levantamento da Gartner, 60% das pessoas afirmaram que esperam trabalhar remotamente ao menos uma vez por semana, contra apenas 38% antes da pandemia.

Flexibilizar compensa: quando as organizações abrem espaço para a flexibilidade em torno das particularidades dos trabalhadores, elas fazem com que as pessoas se sintam compreendidas e empoderadas pela autonomia, aumentando o engajamento e o comprometimento com o trabalho na empresa.

De acordo com a Gartner, o percentual de trabalhadores que se identificam como “high performers” (alto desempenho) aumenta em 40% nas empresas que flexibilizam radicalmente o trabalho.

Cultura forte em qualquer modalidade de trabalho

O aumento do trabalho feito remotamente traz novos desafios para uma área que já era sensível antes da pandemia: a cultura corporativa.

A distância e o trabalho assíncrono demandam uma cultura cada vez mais sólida e ativamente cultivada, que se propaga por meio das práticas da empresa, inclusive nas virtuais, para além do que é planejado no papel.

Embora o trabalho remoto melhore a sensação de bem-estar dos trabalhadores devido a um melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, a conexão, a colaboração e a mentoria dos colegas fica prejudicada. 

Esses dados ressaltam a necessidade de um esforço maior da organização na promoção de uma cultura capaz de manter a união das pessoas para o atingimento dos objetivos de negócio.


Além de implementar processos e treinamentos para impulsionar a produtividade da equipe, uma cultura sólida exige a valorização dos princípios que nos unem como seres humanos. Nesse sentido, o desenvolvimento de uma cultura de confiança na organização emerge como uma tendência significativa no topo das prioridades para os executivos.

A pesquisa Trust in Business da PwC que pediu aos executivos que citassem seus principais desafios quando se trata de construir confiança, a cultura corporativa aparece em primeiro lugar, subindo ao topo em comparação com o ano anterior no mesmo levantamento.

O fato de haver consciência da necessidade de mudanças na cultura, 47% dos CEOs avaliados por essa análise da Gartner não sabem como colocar em prática as mudanças necessárias.

O levantamento dá algumas pistas para a disseminação da cultura nesse novo contexto, mostrando que misturar “pílulas” de cultura corporativa no dia a dia de trabalho das equipes (como no microlearning) pode aumentar a conexão com a cultura para até 43% dos funcionários.

Ambiental, Social e Governança (além do discurso)

A geração Z (pessoas nascidas entre 1990 e 2010) vai representar 27% da força de trabalho até 2025 e para essas pessoas a diversidade, a igualdade, o pertencimento e o comprometimento com a solução para as mudanças climáticas é muito importante.

O treinamento para diversidade é a prioridade número 2 para os líderes de L&D e 41% das organizações têm programas para mais diversidade na organização, de acordo com o Linkedin Learning in the Workplace Report.

Os trabalhadores esperam ver essa preocupação das empresas além do discurso: 68% dos trabalhadores da Geração Z não estão satisfeitos com o progresso da sua organização na criação de um ambiente de trabalho diversificado e inclusivo, segundo essa análise da Manpower sobre as tendências para a força de trabalho. 

A acessibilidade do treinamento virtual (e-learning accessibility) também é uma das mais importantes tendências de treinamento e desenvolvimento, especialmente com a adoção de plataformas que sigam as orientações do WCAG 2.1, acordo de boas práticas para mais acessibilidade.

Outro ponto relevante para os profissionais de treinamento na pauta de ESG são a aquisição de green skills (habilidades verdes ou sustentáveis). O relatório do Linkedin Global Green Skills Report demonstrou um aumento de 8% nas vagas que pedem domínio de green skills. O número de posições abertas para gerentes de sustentabilidade cresceu 30%.


A Manpower conduziu um levantamento sobre o trabalho nas indústrias, que apontou que 74% das indústrias estão recrutando para vagas em sustentabilidade e prevêem que esses profissionais serão mais escassos e disputados – uma ótima oportunidade para programas e upskilling e reskilling para abertura dessas posições em iniciativas de recrutamento interno.

Self-directed learning, autonomia e aprendizado contínuo no fluxo do trabalho

Com a mudança gradativa para um foco maior nas competências como unidades divisoras do trabalho e a velocidade com que essas competências mudam, cada trabalhador na organização tem um caminho de aprendizagem diferente.

As pessoas esperam oportunidades de aprendizado nas empresas, não só para executarem melhor suas funções como para o seu desenvolvimento profissional e o desenho do melhor caminho de aprendizagem para isso está cada vez mais na mão dos profissionais, com 80% declarando que aprendem “quando precisam”.

O aprendizado acontece cada vez mais em pílulas, de forma contínua e misturado no fluxo do trabalho, aumentando a retenção, a aplicabilidade prática e o impacto de negócios do que é aprendido.

Um olhar aprofundado para o Bem-estar e a saúde mental 

A necessidade de adaptação rápida ao trabalho remoto e virtual, a crescente demanda por mais produtividade e a necessidade de dominar cada vez mais skills (e com os trabalhadores cada vez mais responsáveis pelo seu upskilling) pode trazer impactos negativos para a saúde mental e o bem-estar dos trabalhadores. 

A recente pesquisa intitulada 2024 Large Employer Health Care Strategy mostrou que 77% dos grandes empregadores reportam um aumento dos casos de problemas com a saúde mental dos seus trabalhadores e outros 16% antecipam um aumento futuro.

A abordagem skills-based e as habilidades em constante evolução oferecem maior flexibilidade e agilidade, mas isso pode significar uma carga de trabalho mais pesada para os funcionários, que são solicitados a dominar um número crescente de competências e tecnologias ao mesmo tempo. 

A carga excessiva pode colocar engajamento e retenção em xeque e aumentar o risco de esgotamento, também conhecido pelo termo burnout.

Essa análise realizada globalmente pela Gallup desde 2009 mostrou um engajamento de volta aos mesmos níveis pré pandemia, porém com os números de stress alcançando os maiores índices históricos.


Essa é uma das tendências de treinamento e desenvolvimento que precisa ser levada em consideração em diversas iniciativas dentro do RH para a retenção de um time produtivo e engajado, – trabalhadores enfrentando problemas com a saúde mental e bem-estar tem 4 vezes mais chances de deixarem a empresa, de acordo com esse levantamento da McKinsey.

O bem-estar e a saúde mental dos trabalhadores precisam ser levados em consideração na definição dos pacotes de benefícios e no plano de treinamentos, porém essas iniciativas não anulam o impacto negativo causado pela sobrecarga de trabalho e falta de clareza nos papéis.

Os números confirmam a sobrecarga de trabalho inclusive na liderança: nesse levantamento feito pela Gartner com líderes de RH, 75% afirmaram que seus gerentes estão sobrecarregados e têm mais responsabilidades do que conseguem gerir.

Para os líderes analisados, realizar um trabalho que seja focado, executável e sustentável é cinco vezes mais importante do que o upskilling, por isso é importante um planejamento criterioso e estratégico para que as iniciativas de desenvolvimento não sobrecarreguem o time.

Pensamentos Finais

Em um mundo em constante evolução, as tendências de treinamento e desenvolvimento moldam o cenário de RH para 2024 e além. A transição para práticas baseadas em habilidades, o crescente papel da IA generativa, a demanda por “soft skills” e o microlearning estão redefinindo a forma como as organizações capacitam seus colaboradores.

Além disso, o alinhamento estratégico do treinamento com as métricas de negócios, a flexibilidade no trabalho, a cultura corporativa sólida e o foco no bem-estar mental são fatores cruciais para o sucesso das equipes.

A aprendizagem autodirigida e contínua no fluxo de trabalho está se tornando a norma, capacitando os profissionais a se adaptarem às mudanças constantes.

À medida que enfrentamos esses desafios, é essencial que as organizações estejam preparadas para investir no desenvolvimento de suas equipes, não só com o melhor plano de desenvolvimento, mas também com cargas de trabalho sustentáveis e papéis bem desenhados, que desafiem todos para entregar o melhor mantendo o bem-estar e nutrindo uma cultura forte.



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